"A hegemonia cultural da civilização ocidental se construiu na base da 'superioridade racial' dos brancos. Nenhum instrumento foi tão importante para essa hegemonia do que Hollywood. E os arquétipos de Hollywood têm profundo caráter racista. Os filmes de cowboy ou de farwest apresentavam os indígenas, massacrados pelos colonizadores, como bandidos, enquanto John Wayne e seus colegas, como mocinhos. Por sua vez, os filmes de guerra dos EUA são sempre contra outras raças — asiáticos (japoneses, coreanos), africanos, árabes. Pouparam sempre o país que promoveu a maior 'limpeza étnica' da história da humanidade – os alemães, contra os judeus, os ciganos, os socialistas e comunistas. O único filme de peso que atacou frontalmente o nazismo, "O grande ditador', feito por Chaplin, causou tanto mal-estar que seu diretor teve que abandonar os EUA antes mesmo da estréia do filme."
Emir Sader, sociólogo, em artigo no jornal Correio Braziliense de hoje.
2 comentários:
Emir Sader é um homem lúcido e extremamente coerente. Gosto do que ele escreve e, principalmente, sobre a ousadia ao colocar os dedos naas feridas. Excelente post, meu caro.
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hábraços
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claudio
E hoje nem podemos mais chamar isso de mensagem sublimar, já tá tão na cara... Mas vejamos, ainda são poucos os que conseguem apreender a real por trás destes símbolos.
É assim.
abçs
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