
"Para chatear os imbecis / Para não ser aplaudido depois de seqüências dó-de-peito / Para viver à beira do abismo / Para correr o risco de ser desmascarado pelo grande público / Para que conhecidos e desconhecidos se deliciem / Para que os justos e os bons ganhem dinheiro, sobretudo eu mesmo / Porque, de outro jeito, a vida não vale a pena / Para ver e mostrar o nunca visto, o bem e o mal, o feio e o bonito / Porque vi 'Simão no Deserto' / Para insultar os arrogantes e poderosos, quando ficam como cachorros dentro d’água no escuro do cinema / Para ser lesado em meus direitos autorais."
Resposta do cineasta Joaquim Pedro de Andrade (1932 - 1988), publicado no jornal Libération, Paris, maio de 1987. Musicado por Adriana Calcanhoto, gravado no cd "A fábrica do poema", 1994.
E você, se faz cinema, por que faz cinema?
Um comentário:
Uma provocação: Meu caro, como não faço cinema, remeto a pergunta para ti.
hábraços
claudio
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