"Prefiro estar filmando a fazer qualquer outra coisa. Fico
estonteado com meu amor ao cinema. Não em relação aos filmes, que nem
gosto de ver. Adoro é fazer filmes", dizia em tom de brincadeira o
cineasta e ator Orson Welles, que hoje faria um século de vida.
"Mentiroso" audaz, ele fazia e dizia verdades com seu dom de iludir.
A genialidade desse mestre nunca foi devidamente reconhecida pela
indústria cinematográfica norte-americana. Welles em toda sua ótima filmografia só ganhou um Oscar da famigerada Academia, contemplado pelo roteiro de Cidadão Kane (Citizen Kane), em 1941.
Naquela noite de aberrações, como sempre foram as cerimônias dessa
festa careta, com suas apresentações pirotécnicas e ocas, o cineasta
perdeu a estatueta de Melhor Filme para Como era verde o meu vale
(muito sintomático!), de John Ford, e ator para Gary Cooper em Sargento
York (mais sintomático ainda para o bélico público americano).
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