A belíssima Melina Mercouri (1920-1994) vive uma prostituta no filme
do então marido Jules Dassin (1911-2008), o ótimo Nunca aos domingos
(Never on Sunday), coprodução dos Estados Unidos e Grécia, de 1960.
Sua personagem não chega a ser como a ingênua Cabiria, do clássico das
noites de Federico Fellini, mas Ilya é uma prostituta de bom coração,
diferente das colegas de vida difícil no porto de uma cidadezinha perto
de Atenas.
O conflito do filme se
dá no momento em que um desses turistas americanos, metido a filósofo e
salvador do mundo, chega à Grécia para entender a decadência da grande
civilização que foi. O forasteiro, interpretado pelo próprio diretor do
filme, vê na prostituta um símbolo da transformação que o país milenar
precisa urgentemente. E o moço se empenha em tirar Ilya daquele pedaço,
cheio de garotas indecentes e cafetões asquerosos.
A analogia interessante que se pode fazer entre o filme e a realidade, é que a atriz abandonou o cinema em 1978, e entrou com tudo na vida política do seu país, Mesmo exilada na França, lutou contra ditadura, empenhando-se com o seu prestigio, em reerguer a civilização ameaçada. Com a redemocratização ainda frágil, Melina voltou à Grécia e vinculou-se ao Parlamento progressista, tornando-se a primeira Ministra da Cultura, cargo que exerceu por dois mandatos na década de 90.
A atriz tinha 75 anos quando faleceu em Nova Iorque. Mais uma vez retornou ao seu porto grego, para ser enterrada com merecidas honras de chefe de Estado.
A analogia interessante que se pode fazer entre o filme e a realidade, é que a atriz abandonou o cinema em 1978, e entrou com tudo na vida política do seu país, Mesmo exilada na França, lutou contra ditadura, empenhando-se com o seu prestigio, em reerguer a civilização ameaçada. Com a redemocratização ainda frágil, Melina voltou à Grécia e vinculou-se ao Parlamento progressista, tornando-se a primeira Ministra da Cultura, cargo que exerceu por dois mandatos na década de 90.
A atriz tinha 75 anos quando faleceu em Nova Iorque. Mais uma vez retornou ao seu porto grego, para ser enterrada com merecidas honras de chefe de Estado.
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