Li o romance A Mãe, de Máximo Gorki, nesse formato da foto, edição de livro de bolso. Cabia literalmente no bolso.
Era década de 70, período brabo da ditadura Médici no Brasil, e eu, por
não conseguir parar de ler, levava o livrinho encapado com papel pardo,
e lendo com cuidado na rua, olhando pros lados.
Um autor russo era sinônimo de comunista, marxista, incluindo sua mãe
também e toda família. Eu, adolescente e apaixonado por literatura, com
um livrinho desse seria uma "ameaça", para a país. Mas cheguei ao final,
com um mês e pouco de leitura escondida, até mesmo em casa, pois a
"neura" fazia a gente se sentir vigiado como o personagem Winston Smith,
de 1984, romance assustador e profético de George Orwell, publicado
em 1948.
A Mãe é um clássico escrito em 1907, sobre o desenvolvimento da individualidade da mulher proletária, forjada na luta revolucionária dos socialistas russo. Uma leitura que magnetiza pela atemporalidade e narrativa cativante.
A Mãe é um clássico escrito em 1907, sobre o desenvolvimento da individualidade da mulher proletária, forjada na luta revolucionária dos socialistas russo. Uma leitura que magnetiza pela atemporalidade e narrativa cativante.
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