Em 1939 Bertold Brecht escreveu a peça Mãe Coragem e seus filhos.
Era sua tentativa de alertar para o perigo do nazifascismo que ameaçava
se alastrar por toda a Europa.
Estratégica e simbolicamente
ambientada no século 17, durante a Guerra dos Trinta Anos, a peça traz
todos os conceitos da teatro épico e do que ficou conhecido como
distanciamento e estranhamento brechtianos.
Anna Fierling, o personagem da mãe, é a cristalização da mulher que usa
a coragem de forma enviesada, que decide seguir o exército sueco na
guerra, que vive para a guerra, lucra com a guerra, e perde seus filhos.
Não há sentimentalismos, não há compreensão emocional com os
personagens. Há reflexão. Assim como a protagonista mantêm-se
indiferente à realidade ao seu redor, uma hiena em campo de batalha,
como observaram os críticos da época, a ausência da empatia faz com que
se observe na personagem uma situação histórica e suas consequências
para os homens e os tempos futuros.
A peça só chegou aos palco em 1941, no Teatro Schauspielhaus, em Zurique, dirigida por Leopold Lindtberg, com a atriz Helene Weigel no papel-título.
A peça só chegou aos palco em 1941, no Teatro Schauspielhaus, em Zurique, dirigida por Leopold Lindtberg, com a atriz Helene Weigel no papel-título.
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