Não, não tem nada a ver com nosso rapaz latino americano.
"Belchior", em bom português, é uma profissão, mercador de objetos
velhos e usados, como bem explica o verbete do Dicionário Aurélio.
Aquela pessoa que compra de tudo, que vende de tudo.
O senhor aí
da foto é Joaquim da Cunha, que veio de sua terra natal em Portugal para
viver em Porto Alegre, e montou essa casa de comércio, que existiu por
50 anos. Muito querido na capital gaúcha, "seu" Joaquim
faleceu em 1995, aos 100 anos, e deixou muita saudade a uma vasta
freguesia. Sua loja, que chegou a ser um local de curiosidade, vendia de
soda cáustica a televisores, de veneno para ratos a pilhas para rádio,
de moedas antigas a tinta para canetas... quem entrava lá encantava-se com tantas coisas empilhadas, instrumentos musicais, bússola,
pregos antigos oxidados, sinos, leque, quadros, lampiões, louças,
serrotes, câmeras fotográficas...
Uns diziam que o ambiente abarrotado dos mais inusitados objetos, tinha odor de mofo, outros sentiam o aroma dos tempos idos.
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