sexta-feira, 1 de maio de 2020

operário em construção

"Eu sou uma máquina, eu sou uma roldana, eu sou uma rosca, eu sou um parafuso, eu sou uma correia de transmissão, eu sou uma bomba, aliás, a bomba está estragada, não funciona mais, e agora não pode mais ser reparada.”
Fala do personagem Lulu Massa (foto), magnificamente interpretado por Gian Maria Volonté, em A classe operária vai ao paraíso (La classe operaia va in paradiso), de Elio Petri, 1971.
A data de 1º de maio para homenagear o trabalhador foi escolhida durante uma reunião da Internacional Socialista, em Paris, no longínquo 1889, com objetivo de lembrar as lutas sindicais de Chicago e a greve geral três anos antes.
A semente foi plantada curiosamente no paraíso do capitalismo, Estados Unidos, quando se realizou uma manifestação de trabalhadores nas ruas, em 5 de setembro de 1882, com a finalidade de reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. Para não associar aos movimentos de esquerda, os norte-americanos comemoram a data na primeira segunda-feira de setembro.
O titulo da postagem é uma alusão ao poema de Vinicius de Moraes, publicado em 1956, na primeira edição do periódico "Para Todos: quinzenário da cultura brasileira", a convite de Jorge Amado, e no livro Novos Poemas II, 1959.

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