Em 2004 a cantora e compositora cearense Mona Gadelha lançou seu terceiro disco, Tudo se move. A faixa de abertura é Bloco da solidão, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, de 1971.
O arranjo beat sob o toque de Fernando Moura, o auxílio luxuoso do pandeiro de Marcos Suzano emolduram a interpretação quase sussurrante de Mona, num encontro aconchegante de sua voz com o coração de quem ouve no bloco da solidão.
Evaldo Gouveia estimula o movimento desse encontro, para que através da música a dor peça passagem – só desse jeito é que ela vai embora, cantando!
Mona Gadelha canta o que Evaldo encanta.
O compositor que partiu ontem à noite, aos 91 anos. Deixou o estandarte do amor na história da música brasileira.
Merecem sempre homenagens quem tem forças pra cantar.
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