quinta-feira, 14 de maio de 2020

nunca houve Gilda como Rita

“Os homens apaixonavam-se por Gilda, mas acordavam comigo”.
Entre a ironia e o incômodo Rita Hayworth repetia essa frase em algumas entrevistas. Mesmo com outras boas interpretações, a atriz viveu sua carreira imortalizada pela personagem do filme de Charles Vidor, um drama noir com enredo um tanto ousado para os padrões sociais de 1946.

Ambientado na Argentina, a história envolve um garbo vigarista, papel de Glenn Ford, que tem amizade sem escrúpulos com o dono de um clube noturno onde trabalha, na verdade um cassino às escondidas. Tudo se torna mais complicado quando seu amigo-patrão aparece de caso com seu antigo e mal resolvido amor: Gilda.
O furor sexual que Rita Hayworth deu a sua personagem passa muito longe da vulgaridade. Gestos, olhares, esbelteza e sensualidade como pouco se viu no cinema. É clássica a cena em que Gilda faz um voluptuoso strip-tease despindo apenas o longo par de luvas...
Hayworth estava com sintomas de Alzheimer quando deixou o cinema no começo da década de 70, depois de interpretar a boliviana Senhora De La Plata no western A divina ira, de Ralph Nelson. Morava com filha em Nova Iorque quando faleceu em 14 de maio de 1987, aos 68 anos.

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