quinta-feira, 16 de maio de 2019

o cinema de Mizoguchi

Kenji Mizoguchi é reconhecido como um dos três mestres do cinema japonês, ao lado de Akira Kurosawa e Yasujiro Ozu.
Intendende Sansho (Sanshō dayū), rodado em 1954, contém todos os elementos que fizeram a fama e definição de seu cinema.

Seus planos-sequências são de tirar o fôlego.
Misturando com maestria o melodrama a uma narrativa realista, o cineasta buscou apresentar a vida de personagens comuns, principalmente de mulheres, a quem reverencia em toda sua obra, e encarnam o sentido mais forte e sublime da vida.
O tema da exploração das mulheres teve raiz numa tragédia pessoal: quando criança viu a irmã ser vendida como gueixa. Esse episódio marcaria irremediavelmente sua trajetória.
No filme citado, feito um ano depois do sua obra mais conhecida, Os contos da lua vaga (Ugetsu monogatari), o assunto está profunda e belamente representado.
Falecido na década de 50, o cineasta faria hoje 120 anos, idade difícil de imaginar entre os mortais, embora os japoneses costumem surpreender em longevidade.

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