A Solidão Povoada, de Monique Le Moing, 1996, é, até o momento, a completa biografia do médico e escritor memorialista Pedro Nava.
A autora, francesa apaixonada e especialista em literatura brasileira, em 1977 ganhou do bibliófilo Plínio Doyle o livro Chão de Ferro, com uma carinhosa dedicatória de Nava. Não imaginaria que dezessete anos depois, escreveria sua tese de doutorado sobre a vida do autor mineiro.
Outro oportuno livro é Tu és Pedro Nava: um crime que ficou sem castigo, do jornalista e historiador Manoel Hygino dos Santos, 2004, mas com o foco sobre o misterioso suicídio do escritor, em 1984, na noite de 13 maio, num banco de praça em frente ao edifício onde morava, no bairro da Glória, Rio de Janeiro.
Sobre o fato, Carlos Drummond de Andrade escreveu o belo e triste poema ao amigo, A um ausente, publicado no livro Farewell, 1996.
"Sim, tenho saudades. / Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste", choram os versos finais.
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