quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

meninos vestem rosa

Durante um churrasco entre vizinhos um garoto de sete anos, surpreende e escandaliza ao aparecer vestido como menina. Recém-chegados àquele condomínio chique, os pais se deparam com uma situação embaraçosa, surpreendendo-se com o primeiro sinal de transgeneridade do filho.
Esse é o enredo desenvolvido no ótimo filme Minha vida cor-de-rosa (Ma vie en rose), produção franco-belga de 1997, dirigida por Alain Berliner, um dos primeiros e mais sensíveis trabalhos cinematográficos com temática LGBT, principalmente por focar o assunto em um personagem infantil.
Ambientado em uma sociedade onde os conceitos de heteronormatividade são marginalizadas, a narrativa das situações desdobradas ao longo do filme, acompanham o sofrimento do garoto, os conflitos entre a construção masculinidade e feminilidade, e o envolvimento afetivo da família que não reprime e nem entra em métodos sugeridos para “consertar” o “problema”. Fica claro que se existe um problema, não é com a individualidade do garoto, e sim com a sociedade diante às diversidades.
Um filme oportuno, provocador, neste tempo tosco, absurdo e bizarro aqui do lado debaixo do Equador, onde o Estado ameaça monitorar o que chamam “pecado”.

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