foto Jan Scheffner, 1980
Na autobiografia To be or not to bop, publicada em 1979, o trompetista de jazz Dizzy Gillespie, lembra que em 1964, quando tinha 57 anos, lançou-se candidato à presidência dos Estados Unidos. O país vivia fortes conflitos raciais, além da bestialidade da guerra do Vietnã. Sua plataforma política anunciava somente negros no governo: Miles Davis seria o diretor da CIA, Louis Armstrong à frente do Ministério da Agricultura, Duke Ellington seria Secretário de Estado, o Procurador Geral ninguém menos que Malcolm X, Thelonious Monk como Embaixador Itinerante, e a Casa Branca passaria a se chamar Blues House, em homenagem ao gênero musical originado por afro-americanos no final do século 19. O apoio dos ativistas e músicos foi total.
Mas venceu Lyndon Johnson, do Partido Democrata, que era vice-presidente de John Kennedy, e já cumpria mandato no lugar do chefe assassinado.
Ganhou o jazz com Gillespie continuando com seu trompete.
26 anos hoje sem o bebop de suas bochechas inchadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário