foto: Portfolio Mondadori, 1948
O escritor inglês George Orwell, nascido na Índia, faleceu com apenas 46 anos, de tuberculose, em 21 de janeiro de 1950. Foi poupado de assistir pelo telão da telinha a vulgarização que fizeram com o personagem mais significativo da sua literatura, Big Brother, o Grande Irmão, um ser fictício do clássico e distópico romance 1984, que retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo.
Publicado em 1949, a certa altura lê-se que “Big Brother is watching you”, algo como "o Grande Irmão está te observando", o que conota a vigilância invasiva frequente de uma sociedade oligárquica coletivista. O livro é assustador.
Orwell mais do que um futurista, foi um vaticinador. O mundo em que vivemos é exatamente o que está no romance, ou pior, por ser dissimulado. A antítese da utopia, onde a tecnologia é utilizada como ferramenta de controle, usada pelo Estado, instituições e corporações.
Um programa de televisão de extrema imbecilidade como BBB, é a metalinguagem caricatural desse poder midiático, que transforma espectadores em néscios operantes para o nada, dopados e incapazes da reflexão e discernimento para tudo.
Orwell não imaginaria que sua teoria de um futuro avassalador chegasse a tanto.
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