quinta-feira, 23 de julho de 2020

tô com saudade de tu

No começo da noite de 23 de julho de 2013, os teclados, os botões, o fole do coração de José Domingos de Morais, o querido sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos, pararam. O baião, o forró, o xote, o choro, a bossa nova, silenciaram em nota dó.
Depois de quase um ano internado com problemas de câncer no pulmão, o artista por sete meses transitou entre quartos e salas de UTIs de hospitais em Recife e São Paulo. Mergulhou na escuridão do coma, e emergia em rápidas recuperações, quando podia ver a nota sol iluminando esperança, ao lado de parentes e amigos.
Falecido, a partir daquela noite de terça-feira, o incansável corpo de Dominguinhos seguiu numa “turnê” involuntária: por questões de decisões judiciais dos familiares foi sepultado inicialmente no cemitério de Paulista, município próximo da capital pernambucana, um dia depois o enterro definitivo em Garanhus, sua terra natal, onde era o seu desejo ficar quando o show por este mundo terminasse.
Dominguinhos, que tinha medo de viajar de avião, não teve escolha, e voltou feito pássaro para o sertão. Foi passear no seu céu.

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