Na fé Cristã, a Páscoa é a comemoração do fundamento e da crença que Jesus morreu e ressuscitou no terceiro dia.
A Igreja Católica, lá nos primórdios, preocupada em tornar o Cristianismo mais atraente para os ditos não-Cristãos, misturou a ressurreição de Jesus com rituais de fertilidade que ocorriam na primavera, e ovos e coelhos simbolizam a fecundidade, multiplicação, abundância.
A reprodução acima é da belíssima obra do pintor renascentista Rafael Sanzio, Ressurreição de Cristo, criada na passagem de um século para outro, entre 1499 e 1502.
É curioso como a grandiosidade de uma peça tenham marcados em suas cores, o símbolo e significados de transformação, de mudança, de renascimento.
Um terremoto na cidade Tolentino, Itália, por volta do final do século 18, atingiu a Basílica de São Nicolau, onde estava o quadro, por detrás do altar. Foi recuperado, renascido, elevado aos céus para a humanidade.
Em 1947, o historiador e colecionador Pietro Maria Bardi criou, junto com o jornalista Assis Chateaubriand, o Museu de Arte Moderna de São Paulo. Bardi, que nasceu na mudança de um século, 1900, e faleceu na passagem de outro, 1999, foi diretor da instituição por dedicados 45 anos. Em 1954 adquiriu, através de leilão, o quadro de Rafael Sanzio para o Museu.
O belo e magnetizante óleo sobre madeira, de pouco mais de 50 cm de dimensão, exposto em cavalete de cristal, é a única obra do pintor italiano não somente no Brasil, mas em todo o hemisfério sul.
Rafael Sanzio nasceu em um 6 de abril, faleceu, na simetria do tempo, também em um 6 de abril, de 1520, aos 37 anos. Meio século este mês de sua passagem.
Ressurreição de Cristo reflete mudança, renascimento, transcurso no tempo e no espaço.
Quem mora ou está em São Paulo, #fiquemcasa. O MASP está fechado, Rafael aguarda a mudança do tempo para as visitas.
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