quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

o mal da ficção

“O mal da ficção é que ela faz sentido demais. A realidade nunca faz sentido. A ficção tem unidade, tem estilo. A realidade não possui nem uma coisa nem outra. Em seu estado bruto, a existência é sempre um infernal emaranhado de coisas.”
À propósito da fala absurda do dramaturgo com sérios distúrbios digestivos-cerebrais que ocupa a Secretaria Especial de Cultura do Brasil, sobre o documentário Democracia em vertigem, de Petra Costa: “Se fosse na categoria ficção, estaria correta a indicação”, para o Oscar.

A fala no início é do personagem John Rivers, do livro O Gênio e a Deusa, de Aldous Huxley, publicado em 1955. E claro, a analogia de viés aqui feita com a declaração estapafúrdia do “sectário” olavista, é uma reflexão sobre a gravidade em que este país (sobre)vive com o desgoverno em todas as áreas, principalmente nos pontos nevrálgicos do espírito de uma nação: a educação e a cultura.
Viva o cinema brasileiro! Viva Paulo Freire!

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