"Cerveja que tomo hoje é apenas em memória / dos tempos da Panair / a
primeira Coca-Cola foi me lembro bem agora / nas asas da Panair / a
maior das maravilhas foi voando sobre o mundo / nas asas da Panair..."
Trecho de Conversando no Bar - (Saudade dos Aviões da Panair), composição de Milton Nascimento, letra de Fernando Brant, de 1974, eternizada nas voz de Elis Regina e do próprio Bituca.
A Panair, abreviatura de PAN American AIRrways, foi uma das companhias
aéreas pioneiras no Brasil, extinta pelo governo militar, exatamente há
50 anos, num 10 de fevereiro violento, cheio de arbitrariedades. A
história da Panair é longa e complicada. Sabe que a VARIG era a grande
interessada em tomar conta dos céus do país. Ruben Berta, proprietário
da empresa gaúcha, era apoiador do regime e amigo pessoal de diversos
militares de alta patente. Creditam o fim da Panair a João Goulart,
quando, na verdade, ele tentou para que as ações da empresa americana
ficassem em mãos brasileiras, uma vez que o setor de aviação era
dominado por sócios estrangeiros. O que governo militar fez foi
aproveitar a "deixa" e favorecer a VARIG por motivos óbvios. Há um ótimo
documentário, Panair do Brasil, de Marco Altberg, 2009, que
detalha o assunto.
A canção de Milton é. Há um ar de melancolia, languidez, saudade. Por motivos óbvios, também.
A canção de Milton é. Há um ar de melancolia, languidez, saudade. Por motivos óbvios, também.
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