segunda-feira, 3 de maio de 2021

todas as noites agora sem Brandão



O arquiteto, poeta e compositor cearense Antonio José Soares Brandão partiu no final da noite de ontem. Parceiro em dezenas de canções com Ednardo, Fagner, Petrúcio Maia, Rodger Rogério, Wilson Cirino, Ricardo Bezerra, Jorge Mello...

A semana começa sem música no ar, sem sorrisos em volta da tarde, a vida morta além do cansaço, os lábios queimando com sua ausência, o peito sem conseguir cantar.
A rua, a casa e a moldura de sua porta continuam falando de você, de suas composições, de suas histórias, dos encontros de sábado na casa de
Sérgio Pinheiro
.
A poesia agora na triste canção da mesa de um bar vazio. Nós que ficamos órfãos de sua presença, entendemos que a vida quer um jeito de resistir à saudade que faz do corpo todo coração.
Pra você, uma cidade sozinha não comportou mais a procura da vida, e saiu para outros mundos afora no mistério de outra dimensão, à procura da aurora que a noite teimou em fazer não chegar por aqui.
Dê um abraço no Belchior, diga que logo que possamos, beberemos e conversaremos ao redor de nossa mesa. Falando da vida, falando de vocês.
Beijo, caro amigo.

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