foto Irving Penn, New York, 1948
Nos anos 20, a atriz alemã Marlene Dietrich foi a primeira mulher a usar calças compridas em público.
Nos anos 40, recusou o convite de Hitler para fazer filmes pró-nazistas e foi para os Estados Unidos.
Durante a Segunda Guerra, visitava os soldados aliados e eternizou a canção Lili Marleen. Cantava, encantava e dava autógrafos no gesso dos feridos na enfermaria. E aqui cabe um parêntese curioso: (a letra é um poema de um soldado alemão da Primeira Guerra, Hans Liep, escrito na trincheira para a amada distante, publicado no livro Die kleine Hafenorgel, em 1915. Foi musicado em 1938 pelo prolífico compositor Norbert Schultze, membro do Partido Nazista e da equipe de Joseph Goebbels).
No começo dos anos 60, Marlene Dietrich interpreta a viúva de um militar em O julgamento de Nuremberg (Judgment at Nuremberg), de Stanley Kramer, época em que retornou ao seu país.
No final da década de 70, fez seu último filme, Apenas um gigolô (Shane gigolo, armer gigolo), de David Hemmings, contracenando com outro David, o Bowie. A atriz estava com 77 anos e decidiu se recolher em seu apartamento em Paris, onde faleceu aos 90, na manhã de 6 de maio de 1992.
Dietrich não suportava o fato de envelhecer. A causa de sua morte continua um mistério, "envolto na névoa da noite", como diz a canção que tem coincidentemente o seu nome.
O cinema como um roteiro na linha do tempo de sua vida.
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