quinta-feira, 20 de maio de 2021

é você que ama o passado...


"Belchior", em bom português, é uma profissão, mercador de objetos velhos e usados, como bem explica o verbete do Dicionário Aurélio. Aquela pessoa que compra de tudo, que vende de tudo.

O senhor aí da foto é Joaquim da Cunha, que veio de sua terra natal em Portugal para viver em Porto Alegre, e montou essa casa de comércio, que existiu por 50 anos. Muito querido na capital gaúcha, 'seu' Joaquim faleceu em 1995, aos 100 anos, e deixou muita saudade a uma vasta freguesia.
Sua loja, que chegou a ser um local de curiosidade, vendia de soda cáustica a televisores, de veneno para ratos a pilhas para rádio, de moedas antigas a tinta para canetas... quem entrava lá ficava encantado com tantas coisas empilhadas, instrumentos musicais, bússola, pregos antigos oxidados, sinos, leque, quadros, lampiões, louças, serrotes, câmeras fotográficas...
Uns diziam que ambiente abarrotado dos mais inusitados objetos tinha desagradável odor de mofo, outros sentiam o saudável aroma dos tempos idos.

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