"Ao vê-la, levei um choque: os seus olhos amendoados e verdes, as maçãs do rosto salientes, ela parecia uma loba – uma loba fascinante. Não tenho qualquer lembrança do que conversamos naquela ocasião, porém quase nada devo ter eu falado, a não ser talvez algumas palavras de elogio a sua literatura. Ela era afável e simples mas de pouco falar. Saí dali meio atordoado, com aquela imagem de loba na cabeça. Imaginei que, se voltasse a vê-la, iria me apaixonar por ela."
- Ferreira Gullar, sobre a primeira vez que viu Clarice Lispector, que se foi há 41 anos hoje e faria 98 amanhã.
O encontro fascinante aconteceu numa tarde de domingo na casa da escultora Zélia Salgado, Ipanema, 1956
Nenhum comentário:
Postar um comentário