Durante os anos de chumbo da
ditadura militar, Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo,
lutou contra o fim das torturas, o restabelecimento da democracia, a
estabilidade da liberdade para os cidadãos.
Sua participação no movimento Tortura
Nunca Mais e como um dos escritores do livro Brasil: nunca mais, ao lado do
Rabino Henry Sobel e do Pastor presbiteriano Jaime Wright, gerado
clandestinamente entre o final na década de 70 e meados de 80, colocam o
religioso como um dos mais importantes nomes de reflexão e luta na história do
Brasil naquele período turbulento.
O Arcebispo faleceu em
decorrência de uma broncopneumonia, aos 95, em 14 de dezembro de 2016, um dia
depois dos 48 anos do AI-5 e no dia seguinte da aprovação da PEC do fim do
mundo do governo Temer. Bastante simbólico: estilhaços de uma onda
conservadora, retrógrada e canalha invade o país, golpeia a democracia,
escurece o futuro, e atingem brasileiros como Dom Evaristo.
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