"Eu todo cheiroso a Lancaster e você a Chanel..."
- Reginaldo Rossi, em A raposa e as uvas, gravada no disco homônimo, 1982.
O chamado "rei do brega" imitava Elvis Presley em Recife no começo dos anos 60, influenciado pelos Beatles criou The Silver Jets e abria os shows de Roberto Carlos na época da Jovem Guarda.
Mas foram as canções de apelo popular, diretas na veia dos excluídos pela mulher amada, que fizeram a marca e notoriedade do cantor, em quase quarenta discos, principalmente nos anos 70 e 80.
Depois de um tempo afastado do que se chamava "hit parade", o retorno nos anos 2000 veio com tudo, trazendo o sucesso de 1987, Garçom, aquela canção que reverencia o santo paciente, que ouvia e consolava no confessionário do balcão de bar os bebuns apaixonados, os maiores abandonados, os chatos reincidentes.
A música além de ser trilha de uma novela na Record, foi regravada por cantores que deram uma aura "cult" na interpretação, como Otto, no álbum Reginaldo Rossi - Um Tributo, 1999, e Filipe Catto, no disco Fôlego, de 2011, que chegou a cantar no palco do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico, na comemoração dos 45 anos da Fundação Clóvis Salgado, em 2015.
Reginaldo teria adorado ver e ouvir seu garçom em ambiente tão requintado, numa interpretação afinadíssima de Filipe Catto. Mas o cantor faleceu em 20 dezembro de 2013, aos 69 anos.
E no clima de requinte, Reginaldo merece esse postal francês dos anos 20, todo cheiroso a Lancaster.
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