"A
memória é permanentemente invadida pela imaginação e pelo devaneio, e
como existe uma tentação de acreditar no imaginário, acabamos por
transformar nossa mentira em verdade."
Luis
Buñuel, cineasta espanhol que nos deu o prazer do devaneio e
da imaginação em mais de trinta filmes ao longo de sua carreira.
Obras
como "Viridiana" (Viridiana), 1961, "O anjo exterminador" (El angel
exterminador), 1962, "A bela da tarde" (Belle de jour), 1967, "O
estranho caminho de São Tiago" (La voie lactée), 1969, "Tristana, uma
paixão mórbida" (Tristana), 1970, "O discreto charme da burguesia" (Le
charme discret de la bourgeoisie), 1974, estão definitivamente
registradas na história do cinema.
São indispensáveis, merecem sempre
revisões e deleites. Buñuel viveu e trabalhou por muito tempo na França e
também no México, onde fez um filme belíssimo sobre delinquência
juvenil , "Os esquecidos" (Los olvidados), 1950. E foi lá que ele se
auto-exilou, já abatido pela surdez e considerando finalizada sua
contribuição ao cinema, embora desejasse filmar "A casa de Bernalda
Alba", de García Lorca.
"Meu último suspiro", livro de memórias, foi
ditado ao roteirista Jean-Claude Carrière, em longas conversas, pouco
antes de morrer, em 29 de julho de 1983. O livro é de uma sinceridade comovente, mesmo que
exista essa tentação de se acreditar no imaginário.
2 comentários:
Maravilhoso seu blog! Quanta informação preciosa!
Já pesquei muito suas preciosidades em seu outro blog "Nirton Venancio", com os devidos créditos (é claro!).
Obrigada!
Nalva
Nalva, muito obrigado pela leitura, por compartilhar. Um abraço.
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