Graciliano Ramos dizia que "a palavra não foi feita para enfeitar,
brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer". E a precisão
da obra do grande escritor alagoano é definição desse pensamento.
Graciliano está para a prosa assim como João Cabral de Melo Neto está
para a poesia. A síntese da palavra, a palavra certa na síntese, é o
ouro verdadeiro que brilha em seus livros. A secura de sua literatura
não é aridez, é concisão, é métrica em diálogos,
é a dissecação dos sentimentos dos personagens e desenho definido dos
conflitos, sem rodeios, a fundo. Graciliano é um minimalista do sertão,
se destitui de excessos para fixar no âmago. Por isso sua palavra diz.
Vidas secas, publicado em 1938, por exemplo, é uma espécie de
romance-haicai, pelo texto e o diálogos sincopados, E essa objetividade e
determinismo do escritor, faz o leitor partícipe do destino daquela
família de retirantes.
Assim como romance citado, todos os livros de Graciliano têm essa beleza e esse olhar determinado da escrita. São Bernardo, Angústia, Caetés, Insônia,os memorialistas Infância e Memórias do cárcere, tudo, até mesmo a bela obra de correspondências, Cartas de amor à Heloísa, é de um esplendor poético impressionante pelo rigor das palavras.
Há 62 anos morreu Graciliano, 60 anos. 20 de março. Precisamente.
Assim como romance citado, todos os livros de Graciliano têm essa beleza e esse olhar determinado da escrita. São Bernardo, Angústia, Caetés, Insônia,os memorialistas Infância e Memórias do cárcere, tudo, até mesmo a bela obra de correspondências, Cartas de amor à Heloísa, é de um esplendor poético impressionante pelo rigor das palavras.
Há 62 anos morreu Graciliano, 60 anos. 20 de março. Precisamente.
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