
Fonte: Correio Braziliense
foto Arquivo NV
"O amor é cego
Ray Charles é cego
Stevie Wonder é cego
E o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem"
(Trecho de "O estrangeiro", de Caetano Veloso, faixa 1 do disco homônimo, 1989)
Entediada e cansada das traições do marido, mulher resolve ir à prisão conhecer um condenado para consolá-lo. Uma tórrida paixão nasce entre os dois e as visitas se tornam freqüentes.
Com uma narrativa minimalista, "Fôlego" (Soom), é uma preciosidade cinematográfica em seus silêncios definidos e diálogos concisos. A produção, de 2007, é dirigida por Kim Ki-duk, da nova geração de cineastas sul coreanos. E tem o talento e a beleza da atriz Ji-a Park.
Não por acaso - que o acaso não existe - folheava hoje um livro que li há algum tempo e gosto muito, "Aura", do mexicano Carlos Fuentes, e no Correio Braziliense deste primeiro domingo de horário de verão, deparo-me com uma estrevista com o escritor, de onde retirei o trecho acima.
Fuentes, que na verdade nasceu no Panamá, recebeu semana passada, na Espanha, o prêmio Dom Quixote de la Mancha. No próximo mês completará 80 anos. Escreveu mais de 50 romances, ensaios e peças teatrais. Seu novo livro, "La voluntad y la fortuna" (arrisco aqui uma tradução, algo como "A vontade e a sorte"), ainda não chegou nas livrarias brasileiras.
Haja paciência!
"Você me deixa a rua deserta
quando atravessa
e não olha pra trás"
Esta é uma das afirmações do cantor Waldick Soriano no documentário "Waldick - Sempre no meu coração", dirigido, muito bem dirigido, pela atriz e agora cineasta Patrícia Pillar.
foto Miramax Films
- Sabe por que não tem golpe de estado nos EUA?
- Porque lá não tem embaixada dos Estados Unidos - perguntava e logo respondia o espirituoso jornalista e escritor Joel Silveira, falecido ano passado aos 88 anos.
Sobre o assunto, do golpe de estado, é bom rever o filme de Philip Noyce “O americano tranqüilo” (The quiet american), adaptação do romance de Grahan Green, editado em 1955. Ou se preferir, ler o livro, que considero bem melhor, mesmo evitando comparar uma coisa com a outra. O filme é de 2002, com Michael Caine e Brendan Fraiser no elenco. É justamente Fraiser que me incomoda, com aquela cara de caçador de múmias, no papel de um agente da CIA que vai a Saigon de 1952 em plena guerra, envolvida na luta pela libertação do local do domínio francês.
foto Fábio Motta/AE
Eu queria ter ido a esse show: Caetano Veloso e Roberto Carlos juntos, homenageando Tom Jobim e os 50 anos da Bossa Nova, em encontro histórico no Teatro Municipal no Rio de Janeiro, sexta-feira passada, 23.
Mas ando muitíssimo decepcionado com o Rei, que despencou ladeira abaixo no meu conceito e admiração depois da burrada que fez, proibindo o livro de Paulo César de Araújo, "Roberto Carlos em detalhes", a mais completa - se não for a definitiva - biografia sobre o maior ídolo da música brasileira.