segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Paul Newman

foto Arquivo NV

Meu caro, bateu uma baita saudade de você. Como se fosse um amigo, uma pessoa próxima. Saudade de tantos filmes em que lhe vi, atravessando as telas, as anotações em meus cadernos de cinema, as leituras e o fascínio das revistas com os astros, com as atrizes, com os diretores. Difícil escolher um filme seu, somente um. Mas no momento me vem à cabeça e ao coração "Butch Cassidy and the Sundance Kid", lá no final dos anos 60, na tela grandiosa do cine São Luiz em Fortaleza, e uma das cenas mais antológica do cinema, você na bicicleta ao som de "Rain drops keep falling on my head", a canção de Burt Bacharach, na voz de B. J. Thomas. Ah, o cinema. O cinema tem disso: de prender pela emoção antes de qualificar pela razão.

Posso dizer, sem dúvida, que conheço sua filmografia, caro Paul Leonard Newman: você fazendo o escultor grego Basílio em "O cálice sagrado", sua estréia em 1954, até o mafioso irlandês John Rooney de "Estrada para Perdição", de 2002. Claro, não vi os dois feitos para a tv, em 2003 e 2005. Mas todo o seu cinema da grande tela está na minha memória afetiva. As cenas, as seqüências de "Marcados pela sarjeta", "Gata em teto de zinco quente", "O mercado de almas", "Doce pássaro da juventude", "O indomado", "Cortina rasgada", "Golpe de mestre", "A piscina mortal", "Inferno na torre", "O veredicto", "A cor do dinheiro", "Fugindo do passado"... e muitas outras imagens retidas na retina.

Eu não tinha me percebido: você já estava com 83 anos...

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