quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sem meios-termos

foto Cris Berrenbach / Divulgação


“Sempre comentam que Brasília tem um público ativo. Acho isso muito interessante. Este não é um filme para ser ovacionado no meio da projeção. Mas eu detestaria uma sessão apática”

A espectativa é do cineasta paulista Kiko Goifman, diretor do longa "FilmeFobia", que será exibido hoje na segunda noite do 41º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

O filme mostra o diretor de um documentário que explora os limites psicológicos, contrapondo a fobia das pessoas com situações fortes, emocionalmente violentas. A principal idéia do diretor do documentário que acontece dentro do filme é que a única imagem verdadeiramente autêntica, real e convincente é a de um ser humano em contato com a sua própria fobia. Os gestos erráticos, desesperados e fora de controle dos fóbicos trariam a verdade da imagem. "FilmeFobia" se constrói como um making of desse documentário fictício.

Depois de filmes polêmicos como "Amarelo manga" e "Baixio das bestas", ambos de Cláudio Assis, e "Cama de gato", de Alexandre Stockler, exibidos em festivais anteriores, a platéia de hoje no cine Brasília não decepcionará mais uma vez, não ficará quietinha, com certeza. O Festival de Brasília tem um público ativo, que aplaude e vaia na mesma proporção e intensidade. Essa interatividade manisfesta-se tanto durante as exibições dos filmes quanto nos debates e na solenidade de encerramento. Ninguém escapa, não se sai premiado ou esquecido impunemente. O cineasta precisa ir com uma reserva de adrenalina pra esse contato direto com um público que tem seus meios e muitos termos.

Um comentário:

Di disse...

Obrigada pela visita.
Passando por aqui pra aprender um pouco mais com seus textos tão aprimorados.

abçs