"A ficção gera vida, uma espécie de vida paralela que antes não existia. Hoje não podemos imaginar o mundo sem Dom Quixote ou sem Hamlet, mas houve um tempo em que eles não estavam. Tornaram-se parte indissolúvel da realidade porque foram imaginados. Essa é a forma da literatura."
Não por acaso - que o acaso não existe - folheava hoje um livro que li há algum tempo e gosto muito, "Aura", do mexicano Carlos Fuentes, e no Correio Braziliense deste primeiro domingo de horário de verão, deparo-me com uma estrevista com o escritor, de onde retirei o trecho acima.
Fuentes, que na verdade nasceu no Panamá, recebeu semana passada, na Espanha, o prêmio Dom Quixote de la Mancha. No próximo mês completará 80 anos. Escreveu mais de 50 romances, ensaios e peças teatrais. Seu novo livro, "La voluntad y la fortuna" (arrisco aqui uma tradução, algo como "A vontade e a sorte"), ainda não chegou nas livrarias brasileiras.
Outro livro que gosto é "Gringo viejo", que foi adaptado para o cinema numa produção americana dirigida pelo argentino Luiz Puenzo, no final dos anos 80. No elenco o grande Gregory Peck, contracenando com Jane Fonda, que vive uma solteirona que sai dos Estados Unidos, por volta de 1913, para ser professora de crianças de uma rica família mexicana. O encontro dela com um jornalista (Peck), cheio de ideais revolucionários, faz com que descubra novos valores, outras culturas, e o amor - não por acaso.
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