No dia 17 de janeiro de 1976, durante o governo Geisel, o operário metalúrgico Manoel Fiel Filho foi “suicidado” nos porões do DOI-Codi, três meses depois de encenarem o mesmo com o jornalista Vladimir Herzog, na onda de repressão violenta e desaparecimentos sumários do período obscurantista da ditadura militar no Brasil.
Apesar da “preocupação” do general de plantão na presidência da República, que afastou o comandante do II Exército, Ednardo D'Ávila Mello, a linha dura não perdeu o fôlego e logo estaria o general Erasmo Dias espalhando terror.
Muitas dessas informações e questionamentos estão no livro "Manoel Fiel Filho: quem vai pagar por este crime?", do jornalista Carlos Alberto Luppi, corajosamente lançado em 1980, e uma das publicações que serviu de base na pesquisa para o documentário Perdão, Mister Fiel, de Jorge Oliveira, 2009, premiado no Festival de Brasília.
Não há motivo para comemorações no próximo dia 31. Nunca mais outra vez.
Na foto, dona Theresa de Lourdes Fiel, viúva.
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