foto Acervo Teatro do Oprimido, 1972
"Sou um homem da paz. Mas a paz tem um inimigo: a passividade".
Hoje, no Dia Mundial do Teatro, lembrando o grande teatrólogo Augusto Boal. Ele foi um dos mais lúcidos homens de teatro que este país já teve. E continuará tendo, apesar da sua ausência física que marca os palcos desde 2009, quando se foi aos 78 anos.
Era admirável seu espírito de contestação, que se destacou principalmente contra o golpe militar de 64.
Expoente da vanguarda artística nos anos 50 e 60, Boal foi responsável pela concepção do Teatro do Oprimido, que buscava aliar à prática artística uma ação social e política, calcada na educação, na cidadania, nos princípios pedagógicos. Dizia que “atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma.”
Não foi por favores que o jornal inglês The Guardian o considerou o "reinventor" do teatro político. Seu nome foi lembrado para o Nobel da Paz em 2008.
Comemoremos sempre o Teatro, comemoremos sempre cidadãos como Augusto Boal. Não há nada para comemorar no próximo dia 31. 1964 nunca mais outra vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário