O cantor, compositor e pianista
Johnny Alf é considerado por muitos o verdadeiro pai da Bossa Nova. Quando o
gênero musical despertou ouvidos no exterior, mais especificamente nos Estados
Unidos, o artista carioca teve reverências merecidas e referências à altura de
sua genialidade - nem tanto desproporcional em sua terra.
A sua clássica composição Eu e a brisa, brilhantemente
interpretada pela cantora Márcia no III Festival de Música Brasileira, da TV
Record, em 1967, foi desclassificada, e ficou na história como a maior
injustiça de todos os festivais - sem desconsiderar a qualidade da vencedora, Ponteio letra de Capinam, musicada por
Edu Lobo, apresentada pelo autor e Marília Medalha.
Desde cedo o cantou esteve de
olho no mercado lá de fora, americanizou seu nome de batismo, Alfredo José da
Silva, gravou a canção na brisa de seu primeiro disco, também em 67, e o
reconhecimento se fez.
Em 2008 Alf esteve no Auditório
do SESC Vila Mariana, em São Paulo, visitando a mostra 50 Anos de Bossa Nova.
Estava doente, tratando-se de um câncer de próstata. Mesmo assim, no ano
seguinte, sem parentes, deslocou-se da casa de repouso onde vivia, em Santo
André, e participou do show de Alaíde Costa no Teatro SESI, na capital
paulista. Foi sua última aparição em público.
Faleceu em 2010, numa tarde de 4
de março, em um hospital. Tinha 80 anos de eterna bossa.
*assim Tom Jobim se referia a
Johnny
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