Começa hoje o 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Em cartaz filmes inéditos, longas, curtas, ficção, documentário... a
tela do tradicional Cine Brasília... sem horário de verão, com baixa
umidade de setembro...
Equipes
enormes de curtas no palco, diretor que não veio e é representado pela
montadora, discursos e agradecimentos intermináveis no palco, discursos
rapidinhos "espero-que-gostem-do-filme", reclamações, polêmicas,
aplausos, vaias, atores de filmes que estão em novelas e os holofotes
das TVs correndo atrás junto com os caçadores de autógrafos com seus
iPhones pra pegar uma foto, plateia de todos as tribos, das roupinhas de
grifes às tatuagens descoladas, muvucas laterais nas barraquinhas high
tech com cervejas long neck e sanduíches com preços abusivos, pegações,
reencontros, "ficantes", gente linda, gente chata, desesperados atrás de
convites pra festas com DJs da hora, entra-e-sai no hall do hotel,
convidados exibindo credencial como se fosse medalha, convidado
reclamando que não recebeu credencial, salão do café da manhã lotado com
cineastas consagrados e curtas-metragistas desconhecidos estreando o
seu décimo filme digital, seminários sobre o futuro do cinema
brasileiro, oficinas com quem sabe ministrar oficinas, workshop que é a
mesma coisa de oficina ministrado por quem não sabe nem de uma coisa nem
de outra, perfomances sem-ver-nem-pra-quê, debates que começam
atrasados porque os participantes ainda estão no café, homenageados sem
nenhum motivo, homenageados tardiamente, premiações injustas, premiações
certíssimas...
O Festival de Brasília é histórico e histérico.
O Festival de Brasília é histórico e histérico.
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