terça-feira, 6 de julho de 2021

um dia vestido de saudade viva


Onze anos hoje sem o cantor e compositor piauiense-brasiliense Clésio Ferreira.

Juntamente com os irmãos Clodo e Climério, são referências em belíssimas composições para muitos cantores que surgiram na década de 70, e parceiros de Dominguinhos, Zeca Bahia, Ednardo, Guadalupe, Petrúcio Maia, Vicente Lopes, Fausto Nilo, Rodger Rogério, Augusto Pontes, Antonio Adolfo...
Uma história interessante por trás das canções:
Clodo Ferreira em entrevista para o meu documentário Pessoal do Ceará – Lado A Lado B conta que Clésio fez uma melodia para o poema Memória, de Carlos Drummond de Andrade (publicado no livro Claro enigma, de 1951), mas descobriu que outro compositor tinha feito. Clodo escreveu uma nova letra para a música, Raimundo Fagner ouviu, gostou, e pediu para gravar. Assim nasceu o primeiro grande sucesso do cearense, Revelação, faixa de abertura do disco Eu canto, 1978.
Nesse mesmo ano foi lançado Chapada do Corisco, o segundo disco da carreira dos Ferreira, produzido por Fagner, onde também gravaram Revelação, última faixa do lado B. O primeiro álbum, São Piauí, de 1977, teve produção de Ednardo, o terceiro, Ferreira, 1981, produzido por Dominguinhos, os seguintes, A profissão do sonho, 1989, Clodo, Climério e Clésio, 1991, e Afinidades, 1993, produções independentes dos três.
A foto da capa do disco abaixo é de Januário Garcia, falecido no dia 1º deste mês. Clésio, o primeiro à direita, tinha 65 anos.
Esta postagem é um abraço especial para minha amiga, jornalista Lia Tavares, filha do compositor.

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