"A memória é permanentemente invadida pela imaginação e pelo devaneio, e como existe uma tentação de acreditar no imaginário, acabamos por transformar nossa mentira em verdade."
Luis Buñuel, cineasta espanhol que nos deu o prazer do devaneio e da imaginação em mais de trinta filmes ao longo de sua carreira.
Obras como Viridiana (Viridiana), 1961, O anjo exterminador (El angel exterminador), 1962, A bela da tarde (Belle de jour), 1967, O estranho caminho de São Tiago (La voie lactée), 1969, Tristana, uma paixão mórbida (Tristana), 1970, O discreto charme da burguesia (Le charme discret de la bourgeoisie), 1974, estão definitivamente registradas na história do cinema.
São indispensáveis, merecem sempre revisões e deleites. Buñuel viveu e trabalhou por muito tempo na França e também no México, onde fez um filme belíssimo sobre delinquência juvenil, Os esquecidos (Los olvidados), 1950. E foi lá que ele se exilou, já abatido pela surdez e considerando finalizada sua contribuição ao cinema, embora desejasse filmar A Casa de Bernarda Alba, última peça do compatriota Federico García Lorca, 1936.
Meu último suspiro, livro de memórias de uma sinceridade comovente, lançado um ano antes de sua morte, 29 de julho de 1983, foi ditado em longas conversas ao seu amigo, roteirista Jean-Claude Carrière.
Acima, Buñuel fotografado por outro grande amigo, cineasta Carlos Saura, década de 70.
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