domingo, 2 de fevereiro de 2020

o Sol no Jardim

“Em torno do Sol girou, direta ou indiretamente, toda a constelação de personagens fundamentais da cultura brasileira: Reynaldo Jardim, Henfil, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Zuenir Ventura, Ruy Castro, Carlos Heitor Cony, entre outros.”
- Trecho de um artigo do jornalista Severino Francisco, no tabloide Pensar do Correio Braziliense, de 26/8/2006, sobre o filme O Sol — Caminhando contra o vento, de Tetê Moraes e Martha Alencar.
Através de imagens de arquivo, músicas e depoimentos, o documentário aborda a história do jornal O Sol, que representou a geração pós-golpe militar no Brasil e antes do AI-5, e circulou entre setembro de 1967 e janeiro de 1968.
Com uma linguagem inovadora, marcada pelo movimento da contracultura, influenciou diversos veículos da imprensa alternativa que surgiram nos anos seguintes, como O Pasquim.
O tabloide, que inicialmente surgiu como um complemento do carioca Jornal dos Sports, logo passou a ser vendido de forma independente e tinha a direção do primeiro citado por Severino Francisco.
Jornalista e poeta, Reynaldo Jardim foi um dos pensadores mais importantes no jornalismo cultural da imprensa brasileira. Paulistano, mudou-se para Brasília em 1988, onde trabalhou como editor do Caderno Aparte, do Correio Braziliense, diretor da Fundação Cultural de Brasília, assessor do Ministério da Justiça, assessor cultural do Governo do Distrito Federal.
Sofreu um AVC em 2006 e resistiu bravamente até 2011, quando faleceu em 2 de fevereiro, aos 84 anos.
Caetano Veloso faz referência e reverência a ele e toda aquela geração na canção Alegria, alegria, 1967: “O Sol nas bancas de revista...”
Acima, página do caderno Diversão & Arte, do Correio Braziliense, 29/1/2009, com reportagem especial sobre a genialidade de Reynaldo Jardim.

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