Na foto, José Mojica Marins, o nosso arquétipo tupiniquim Zé do Caixão, de frente para o Drácula de Christopher Lee, personagem vulpino das trevas transilvânicas.
A imagem é curiosamente simbólica. O cinema do chamado Terceiro Mundo, com sua tática de produção de guerrilha, de dificuldades de realização, a feitura trash que cria uma narrativa inventiva, diante de um cinema de Primeiro Mundo, com mais condições de provocar medo e um mercado de distribuição assustador para nosso cinema.
Mas Zé do Caixão colocava suas unhas grandes sobre eles.
O encontro dos atores aconteceu durante um domingo “sinistro” na 3ª Convenção do Cinema Fantástico, em Paris, 1974.
Adoentado desde 2014, quando sofreu um infarto, problemas de saúde crescentes, um rim comprometido, infecções no cateter, e um pouco de degeneração mental pela senilidade, Mojica Marins faleceu hoje aos 83 anos.
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