Em fevereiro de 2016, eu, Parahyba de Medeiros, Bete Augusta e Raul Medeiros (filho de Parah), subimos a serra de Guaramiranga, Ceará, para o Festival de Jazz e Blues, fugindo do batuque de carnaval em Fortaleza. Não sei se eles foram na minha onda, que não gosto desses quatro dias, ou se pedi socorro a eles: “me levem pra algum lugar longe de carnaval!”.
E numa tarde de conversas, descanso e ociosidade permitida no quarto da pousada, Parahyba dedilhava uma música ao balanço de uma rede. Eu ao lado, escutava algo que parecia já estar em mim... uma sincronicidade, uma simetria na relação de significados.
“Parceiro, tô com essa melodia aqui... e só tenho esse começo de letra... bora fazer.” Eu, que não sou letrista, um mero escrevinhador de poesia provisória, me vi com a letra vindo, e eu indo, veio vindo, e eu indo... e naquele ritmo, num download de inspiração no alto da serra, compomos Suave na nave, um xote-reggae enviesado, na simplicidade de um jogo de palavras e afetos.
Meu caro parceiro Parahyba, gratidão por despertar o que eu não imaginava que existia em mim. Você já me convocou como “parceiro” ao me chamar, lembra?
De boa na nave!
Suave na nave
© Parahyba de Medeiros e Nirton Venancio
Video: Bete Augusta
Edição: Parahyba de Medeiros
Apresentação Parahyba e Cia. Bate Palmas
Corredor Cultural da Gentilândia
Bairro Benfica, Fortaleza
24 de novembro de 2019
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