“Que isso fique entre nós”, do paulista Robson Pélico,
ou somente Pélico, foi o melhor disco de 2011. Inquietou-me e me
confortou com suas letras certeiras, sua musicalidade longe da mesmice
"pop”. Ele tem outro cd, de 2008, “O último dia de um homem sem juízo",
mais guitarra, mais gritante. Mas esse segundo é O disco.
Pélico é um Luspicínio redivivo, um Roberto meio bossa-nova, meio rock-and-roll.
Pélico vai direto nos corações sofridos, nas relações findas, e não se
desespera: fotografa com sua voz grave e ao mesmo tempo delicada o que
às vezes escondemos, o que nem sempre relevamos, e ele nos revela com
sua enorme gratidão poética.
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