“Este livro é uma tentativa de reconstituição de um tempo ruim. Centrado nos tumultuados dias de outubro de 1975, quando a fúria dos agentes do lado mais escuro da ditadura militar golpeou a fundo a categoria dos jornalistas, ele mostra os acontecimentos do ponto de vista de quem os viveu intensamente. Eu, por exemplo, que não tenho dúvidas de que aqueles foram os dias mais angustiantes da minha vida”,
- Audálio Dantas (1929-2018), poeta, jornalista, autor e um dos protagonistas de As duas guerras de Vlado Herzog (Editora Civilização Brasileira, 2012).
Livro imprescindível sobre uma parte infeliz de nossa história e para conhecer a trajetória do jornalista Vladimir Herzog.
O ponto de partida é a saga da pequena família Herzog em fuga desesperada da Iugoslávia para a Itália, durante os dias de horror da Segunda Guerra Mundial. Corriam da guerra que despedaçava a Europa e da perseguição nazista aos judeus. Para trás ficou o que restava da família, em sua maior parte assassinada nos campos de concentração.
Para sobreviver, o menino Vlado aprendeu dolorosas lições de como escapar. Vivia a sua primeira guerra. A segunda foi no Brasil, quando chegou aos 9 anos. A paz que ele e seus pais acreditavam ter encontrado aqui, terminou um dia na escuridão de uma sala de tortura.
50 anos hoje que Vlado Herzog foi “suicidado” nas dependências do DOI-Codi.

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