sexta-feira, 11 de outubro de 2024

a aurora das palavras

Foto: Cordis Notícias

“Papai raramente destruía o que escrevesse. O patinho feio, mantido e cuidado, pode crescer cisne. O que escrevesse, guardava”.
“Papai não repousava diante da obra que os outros supunham terminada. Sempre existe, ainda, alguma coisa por fazer. E o que existe se descobre, no rever das coisas feitas. Quase nada é definitivo”.
“Escrevendo sem cessar, meu pai manteve-se ausente das editoras durante dez anos mais: ‘As coisas que estão para a aurora, são antes à noite confiadas’ ”.
- Vilma Guimarães Rosa em Relembramentos: João Guimarães Rosa, meu pai, Editora Nova Fronteira, 1983.
A citação que Vilma faz no último trecho é do conto Luas de mel, que Rosa publicou em seu livro de 1962, Primeiras estórias.
Acima, a escritora em visita ao Museu Casa Guimarães Rosa, Cordisburgo, MG, 2017.

 

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