Hoje é celebrado o Dia da Saudade, essa bela palavra substantivA feminina, essa expressão tão expressiva na língua da última flor do Lácio, essa raiz em nosso coração do latim “solitatem” que desfolha no significado solidão, esse sentimento de nostalgia, essa ‘sodade’ a caminho de São Tomé na voz de Cesária Évora, essa delimitação do vazio que Olavo Bilac dizia que “é a presença dos ausentes”, e que o meu amigo
Paulo Viana
sampleou demarcando no peito que é “o lugar onde os ausentes se encontram”...
E assim,
"saudade" em Camões
é
“te extraño” em Cervantes,
“mi mancate” em Alighieri,
“I miss you” em Shakespeare,
“tu me manques” em Baudelaire,
“sehnsucht” em Goethe,
“tocka” em Dostoiévski,
“koishii” em Mishima,
“wo shiang ni” em Yu Xiang,
“brakujący” em Szymborska...
Em cearês saudade é Belchior: três anos e nove meses hoje que na parede da memória é o quadro que dói mais...
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