"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento."
Trecho de uma das crônicas do afiado Machado de Assis, publicada em sua coluna semanal no jornal Diário do Rio de Janeiro, por volta de 1860. Desde jovem ele colaborava com seus textos ácidos e bem-humorados em vários periódicos da imprensa carioca, e isso lhe abriu caminhos para a carreira literária.
Machado acompanhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império. Com sua escrita lúcida, direta, inteligente, moderna, fazia uma radiografia dos emaranhados eventos políticos, dos meandros e costumes de uma sociedade burguesa e conservadora que se desenhava e o declínio das principais instituições do país, mais exatamente a monarquia e a igreja.
Ontem, 180 anos de nascimento do maior escritor brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário