quinta-feira, 27 de junho de 2019

à beira do coqueiro

"Pois eu vou me embora / vou ler o meu Pasquim..."
Trecho de Coqueiro verde, composição dos Carlos Roberto e Erasmo, a que diz que Narinha não veio depois de fumar um cigarro e meio...
Lançada no lado B do compacto simples O Som do Pasquim, em 1970, na interpretação samba-rock do Trio Mocotó, foi gravada no mesmo ano no elepê Erasmo Carlos e os Tremendões, que tem a ótima Sentado à beira do caminho.

No lado A da bolachinha, Jorge Ben e Trio Mocotó cantam Cosa Nostra.


50 anos hoje da primeira edição do mais ousado semanário alternativo da imprensa brasileira. O Pasquim, criado pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sergio Cabral, marcou uma posição importante na contracultura dos anos 60 e 70 e no cenário de resistência ao regime militar.
Ziraldo, Millor Fernandes, Miguel Paiva, Claudius, Fortuna, Luiz Carlos Maciel, Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Sergio Augusto, Ruy Castro, Fausto Wolff, eventuais colaboradores como Glauber Rocha, Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, são alguns dos nomes que atuavam nas páginas com textos, desenhos, charges, tudo que manifestasse a indignação comportamental, social e política do país.
O simpático e implacável ratinho Sig, criado por Jaguar, uma versão enviesada e debochada de Mickey, atormentado por paixões de belas mulheres, tornou-se símbolo do jornal, extinto em 1991.
Jaguar afirmava que escolheu para o tabloide o nome Pasquim, que significa jornal difamador e injurioso, porque assim os opositores teriam que inventar "outros nomes para nos xingar".

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