domingo, 19 de novembro de 2017

o último show

"Todo dia em que eu levanto e subo num palco é como se fosse o último show pra mim."
A cantora Sharon Jones disse em uma entrevista quando esteve há dois anos no Brasil, para uma série de apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.
Mesmo diagnosticada com câncer, a grande dama do rhythm and blues, do soul e do autêntico funk, não pronunciava como uma sentença, em tom fatalista, mas como um aprendizado diário para enfrentar as dificuldades e respirar as manhãs que a vida lhe oferecia. Seguia à risca a máxima do filósofo romano Horácio: “carpe diem”/“aproveite o dia”.
Sharon gravou seu primeiro disco já depois dos 40 anos. Foi "redescoberta" quando Amy Winehouse declarou influência de sua música. Metade das faixas do já antológico Back to black 2006, tem a participação de The Dap-Kings, banda que acompanhava a cantora americana desde o início de sua carreira, e que se tornou uma marca indissociável de ritmo e voz, entre os arranjos metais e a vocalista.
Sharon se foi numa noite de novembro do ano passado, aos 60. Subiu noutros palcos para novos últimos shows.

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