"Precisamos dos poetas para dar coerência aos sonhos", disse o
personagem principal de Os gigantes da montanha, peça inacabada do
grande dramaturgo italiano Luigi Pirandello.
A fábula narra a
chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo,
cheia de encantos, governada por um mago. No início de 2013, assisti no
Teatro Plínio Marcos (Funarte), aqui em Brasília, a uma belíssima
montagem do Grupo Galpão, de Minas Gerais, sob direção
de Gabriel Villela. Pirandello ficaria realizado se tivesse visto a
encenação, pela forma como o ato final, originalmente inconcluso, ganhou
solução a partir de indicações que o autor deixou nas entrelinhas.
Como resume a frase acima, a peça discute o lugar da arte e da poesia
num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. O Grupo Galpão
discorreu no palco que a poesia mais do que remove, comove a montanha.
E para ilustrar esta postagem, uma cena do filme E la nave va, de outro visionário, Federico Fellini, que soube muito bem dar coerência aos sonhos.
E para ilustrar esta postagem, uma cena do filme E la nave va, de outro visionário, Federico Fellini, que soube muito bem dar coerência aos sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário