Hoje Luiz Gonzaga faria 100 anos. Livros,
filme, shows, exposições, reverenciam o rei do baião desde o começo o
ano. Os cadernos cês dos jornais tecem homenagens, chamando-o de “pop”.
Pop de popular, ou seja lá o que isso signifique.
Essas homenagens pra mim soam como uma galanteria tardia por alguns
setores da mídia. Mas "antes arte do que tarde", como diz o artista
plástico, cantor e escritor Bené Fonteles, autor do ótimo livro "O Rei e
o Baião", a mais completa pesquisa sobre a vida e a obra de Gonzagão,
analisadas a partir de várias abordagens, com centenas de fotografias
inéditas e belas xilogravuras. O trabalho de quase 400 páginas foi
lançado em 2010.
O velho Lua sempre foi um dos meus ídolos. Não
cresci ouvindo João Gilberto, Chet Baker e Leonard Cohen, músicos que
admiro e escuto sempre. Cresci ouvindo Gonzagão, Roberto Carlos,
Reginaldo Rossi... e até mesmo antes dos Beatles, as versões enviesadas
de Renato e Seus Blues Caps. Eu fui Jovem Guarda: Tropicália depois. Eu
ouvia Cego Aderaldo: Robert Johnson, Muddy Waters, John Lee Hooker
tiveram que esperar a safona terminar o ronco no meu sertão.
Luiz "Lua" Gonzaga sempre foi ídolo a altura de todos outros que hoje são cults. A primeira vez que assisti a um show do Gonzagão em Fortaleza, me emocionei tanto quanto ao ver e ouvir B. B. King pela primeira vez, aqui em Brasília, há dois anos. Entre o Rio São Francisco e o Rio Mississipi a distância é a mesma em que navega meu coração.
A benção, seu Luiz!
Luiz "Lua" Gonzaga sempre foi ídolo a altura de todos outros que hoje são cults. A primeira vez que assisti a um show do Gonzagão em Fortaleza, me emocionei tanto quanto ao ver e ouvir B. B. King pela primeira vez, aqui em Brasília, há dois anos. Entre o Rio São Francisco e o Rio Mississipi a distância é a mesma em que navega meu coração.
A benção, seu Luiz!
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