Hoje é dia de Santa Luzia. A imagem dessa
Santa é uma das mais fortes lembranças da minha infância, em Crateús,
interior do Ceará, onde nasci e fui criado.
Minha tia era devota e na parede do quarto onde eu dormia, era a primeira imagem que via ao acordar: batia um facho de luz que vinha de alguma telha quebrada. Nada mais sintomático: a jovem santa siciliana é protetora dos olhos, da visão, da luz.
Minha tia era devota e na parede do quarto onde eu dormia, era a primeira imagem que via ao acordar: batia um facho de luz que vinha de alguma telha quebrada. Nada mais sintomático: a jovem santa siciliana é protetora dos olhos, da visão, da luz.
A minha impressão era que a Santa me abençoava a manhã, com a oferenda do par de olhos na bandeja.
Casa desfeita, parentes idos, herdei esse quadro e a saudade. Coloquei-o na cenografia dos meus dois primeiros curtas-metragens. Afinal, cinema precisa de luz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário